segunda-feira, 28 de março de 2011

Luz Dura


È como na fotografia (luz suave) é temporariamente clara e a pele saboreia a tonalidade de cor morna. Já (luz dura) a luz forte de cor, de tons quentes e sombra marcada no rosto sem sorriso. A luz que queima sem cuidado, um quente Indeciso.
Eu esqueço que encanto não é amor, que paixão não faz doer e nem chorar.

- (luz suave) Como foi bom, me encantar outra vez, envelhecer os olhos de brilho por Ele, embrulhar o estomago novamente, encher-me de pensamentos tolos, de imaginar você. Debulhar-me em talvez. Porem. Entretanto: ao meu lado. A primeira ligação. A tremedeira. Encantei-me por vista, de toque e vento. Apaixonei-me. Como foi bom. Como foi. Como.
- Só tem um detalhe.
-(luz dura) Eu andei revendo aquela carta. Sem importância estimada por mim.
Uma mulher pediu-me pra ler uma historia, uma linda historia. Não compreendi de inicio, achei estranho, cheguei até a abominar. Mais, em contra plano (assim como no cinema, quando a realidade se mistura com os contos) com a cabeça baixa lendo as escrituras, em plano geral. Era você (que não é Ele) estava em relance bem a minha frente. Depois de muitos dias, de longas datas. Olhou-me lentamente em close. Olhou-me lentamente. Olhou-me.
Pronto!
Encontrei contigo, as mãos em um comprimento simples (como se não existisse o nós passado e atropelado) um gesto. Uma cena. Um corte. Foi o bastante pra entender que ainda existe você em algum lugar dentro de mim. Essa é a diferença. Era você na estória, que esqueço quando esta longe. Mas é só revejo, que o foco é seu (o papel principal te pertence novamente)
Eu que estava bem, apaixonada por Ele. Esqueci que amo você.
E agora?
Não sei se paro; se ando; se corro; se deixo-me tentar amar; se corro atrás do que eu já amo; se deixo você saber que poço fazer você feliz; se esqueço tudo; se ligo; se não atendo a ligação; se choro mais; se grito; se deixo sua barba acolher meu rosto e esquecer; se tento de alguma forma saber o que fazer nessa hora. Pois deixar de uma hora pra outra de amar você seria mais complicado que sair voando noite a fora.


Sei lá, ainda te amo!

2 comentários:

  1. Instigada a contar uma história, no encontro consigo mesma, você admite viver uma paixão, que a esvazia, e de um amor (ainda não acontecido em plenitude)que beira ao insano: "se paro; se ando; se corro; (...) se corro atrás do que eu já amo" "Deixar... de amar você seria mais complicado que sair voando noite a fora". Mas, eu digo, é amor profundo! É seu jeito de amar. É o maior amor do mundo!
    Bela escrita!
    Beijo!

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  2. Agradeço, meu querido!

    'meu jeito estranho de amar'

    beijos meus

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