O errante devaneio da minha vida!

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Garbo.











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Um completo escrivão amável, como escrever sobre um homem que ainda amo?

Você sabe que sou louca por teus versos é por eles que escrevo hoje. Muito me cativou quando li em sua bem escrita resposta a palavra “fugir” (você me pede pra lembra). Pois bem, estou a lembra, justamente da época. È complicado juntar palavras sobre uma pessoa que já sentiu os meus lábios, fato que hoje não é lembrado (eu já estive bem mais perto de você, por uma vez).

- Você já imaginou se eu tivesse me apaixonado por você?

Eu trilhava o caminho do meu mais bem querer, eu sabia que você era especial, eu sabia que iria te amar. Mais não sabia como e nem o momento. Eu tive medo, de ter o que não era meu, o que não era pra mim, cheguei a querer o estranho. Mais o medo me afastou do segundo contado. Por fim, eu fugi sim, foi o destino que não deixou, eu não lutei contra (você foi perfeito de mais). Hoje sei que o impossível estava ao lado, hoje entendo e aceito, mais saiba que o que me fez “fugir” foi o medo de te amar. Se eu tivesse paixonado-me na época, não teria o privilégio de sentir esse amor tamanho que tenho em pele hoje.

Engraçado, não sabia que você iria bem mais adiante que aquela floresta e aquele saguão, rio á fora.

Um presente que deus me deu de guloso, me fez te amar. Te fez meu amigo. Me fez querer e encontra contigo. Meu escudo, meu erro mais profano. Eu declaro que te amei em degraus em parcelas. Mais tinha medo do destino. Descobri, me fez dor eu senti o gosto da decepção ignorante e sem sentido. O medo maior era de perder e me perder sem você. Nada abatia essa saudade que mata e destrói os meus minutos. Era escrava do veneno da tua companhia. Mesmo que fosse um monstro de três braços e cinco olhos verdes, iria ser perfeito os mais lindo olhos verdes, e eu ainda sim ia querer bem perto de mim. Pois bem, nunca falei antes, talvez por vergonha, por me achar ridícula, por não saber estender. Eu sempre tive medo de me apaixonar por você, justamente por ser perfeito aos meus olhos, os meus apoios, você não tem defeitos, tem retalho que ajudo cada dia a costurar na pele, mais são poucos, imperceptíveis. Eu tive muitas vezes medo da vida. Você foi um sonho que eu não pude adormecer, eu não fechei meus olhos. Eu ignorante mente ainda tenho vergonha, por muitas vezes te ofendi, te magoei, te fiz chorar, por algo que nunca pode controlar. Eu fui imperdoável, mais você nem questionava. Perdão amigo!

Hoje não precisamos mais dormir, a noite sempre foi nossa (nas canções, nos filmes, nas brigas, nas composições). O menino garbo era (meu Caetano, meu álibi, meu Arnaldo). Não diga que eu fugi de você. Eu fugi de um erro que poderia ter destruído o nosso hoje amor. Por um dia eu e você fomos HOMEM e MULHER, durante todos os outros, nós fomos um só, vivendo um dilatado apreço. Hoje eu tenho inveja de quem pode estar ao seu lado meu amigo, pois é uma pessoa perfeita, plausível, pronto pra caminhar e quebra as barreiras de quem chegar perto. Defende sua visão e não deixa de ter respeito e de conviver com a verdade. Não sei si é bem uma declaração, mais é o meu declarar de ação repleto de carinho.

- Não deixa que eu fuja.







"Eu irei te amar independente das horas. Eu te conheço bem mais que perto."


Termino essa carta com uma das suas canções prediletas, que explicada um pedaço do meu amor em delírio:

"... tinha suspirado,
tinha beijado o papel devotamente!
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades,
e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas,
como um corpo ressequido que se estira num banho tépido;
sentia um acréscimo de estima por si mesma,
e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante,
onde cada hora tinha o seu encanto diferente,
cada passo condizia a um êxtase,
e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"

Amor I Love You

marisa monte