terça-feira, 29 de dezembro de 2009

venTOR...

[...]

Uma noite nem tão boa, em uma chuva dos carnavais na minha cabeça , andando eu só... avistei uma ruazinha pequena, estreita (um beco de luz) uma estrada.

De repente sai do fundo um menino estranho, cauteloso e
Repletos de feridas curtas. Fiquei com medo, mais logo me pareceu um velho palhaço de festa (achei curioso e resolvi observar em um canto o andar do moço)

Quanto mais chegava perto, mais eu reparava nos movimento do moço (era estranho seu cabelo, bonito com muitos cachos, claro, curto no escuro e largo ao andar... não sei ao certo)

Ele andava mediando o curvo e bem rápido pelos cantos. Porém, o que mais me chamava atenção eram as curtas marcas. Cada passo eu sentia, e a visão eu perdia a cada instante dele. (ele cantava um musica, uma linda musica que lembrava um passarinho) sem arvore, ser dor. Estrando foi quando a musica teve fim. Tudo queto.


Não ouvia mais os barulhos das solas, nem sabia se estava calçado aquele homem. O poste falhou.

Ouvi um barulho!

O sumiço esteve presente bem perto de mim. O moço palhaço e ferido, não estava lá.
A voz dos meus olhos retornou rapidamente. E com a ação fiquei pasma. O beco estava só como antes. Era imaginação.

Levantei...
Arrumei a barra da minha calça que a chuva castigava.


E olhei saudosamente a estradinha e grite (mesmo sabendo que não existia ninguém):


- Ei moço? Esta machucado?

Nada além do vento respondeu a minha pergunta, reparei que havia tingido algumas folhas da arvore a esquerda da estrada velha. Lembrei da ferida do moço, e percebi que era tintura. O vento era forte, e as cores respingavam da arvore nas folhas.

Eu estive feliz, e encontrei sorrindo o caminho retorno da minha casa. Aquele moço ou o vento, já me conhecia de tempos antes.

Já estava longe quando perguntei aos gritos olhando longe á rua:

- Sei que estava ai, quero que saiba que mesmo não sabendo quem és, eu sinto a sua falta moço. (eu ja estive contigo)

Novamente o vento responde lentamente minha pergunta. Em sentidos, nada além. (fiquei triste, queria falar com aquele que sentia ja ter visto antes). Fui andando por fim pra casa, e senti frio, muito frio, com aquela ventania toda.

Abaixei novamente, para desdobrar a barra da minha calça.

Nas solas da meu calçado, avistei a pontinha de uma folha velha bem manchada com a mesma cor das marcas do homem do beco. Uma folha forte como papel. Quando meus olhos acostumarão com as cores observei algo escrito bruscamente, e chorei.

Lembrei quem era o moço, pelas palavras, pelo bordão. Emocionei-me (compreendi que não importa para o onde o vento vai seguir, ele mudará de sentido se tiver afeto ao lembra, e onde tem gratidão a resposta esta pregada das solas das nossas vidas, o vento não cessa) fui recíproca ao clamar-lo exatamente o que estava escrito na folha:

- BONS VENTOS.

Um comentário:

  1. Foram eles (Os Bons ventos) que me trouxeram de volta prá você (...)

    sem palavras no momento, esse que o coração aperta de felicidade e quer gritar coisas lindas, mesmo sem saber falar!

    Simplesmente: te amo (...)

    B.V

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